"Quanto tempo demora? - perguntou ele.
- Não sei. Um pouco.
Sohrab deu de ombros e voltou a sorrir, desta vez era um sorriso mais largo.- Não tem importância. Posso esperar. É que nem maçã ácida.
- Maçã ácida?
- Um dia, quando eu era bem pequenininho mesmo, trepei em uma árvore e comi uma daquelas maçãs verdes, ácidas. Minha barriga inchou e ficou dura feito um tambor. Doeu à beça. A mãe disse que, se eu tivesse esperado as maçãs amadurecerem, não teria ficado doente. Agora, quando quero alguma coisa de verdade tento lembrar do que ela disse sobre as maçãs."
(O Caçador de Pipas'
trago
ResponderExcluirna têmpora da memória
esse âmbito de seda
onde a aurora se traduz
em presságios da alma
- eis-me aqui
lavrador de mim mesmo
sobre a ossatura curva
e dura
dis-
traído com as unhas
dessas desassossegadas rimas
como os nervosos fios da meada
que se estendem
teia-à-teia
em formas de tentáculos
nas veias mais profundas
e rasas
expulsando-me
os (a)braços longos
entre o turvo olhar
e o denso olhar
do pôr-de-sol...
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